Como é fazer parte deste mundo nos dias atuais e atender os preceitos da Palavra de Deus? Vamos falar do nosso dia-a-dia.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Boa Atriz mas uma péssima OBREIRA. - Ult. parte


Nas minhas orações sentia vergonha, porque sabia que podia enganar a todos, mas jamais a Deus, então, a maior parte das minhas orações eram de humilhação. Pedia perdão a Deus como se fosse o último dia da minha vida, mas eu própria não me perdoava. Cada dia que passava era um peso para mim, pois desejava muito as coisas deste mundo, até que não pude fingir mais e abri o jogo para a minha irmã. Ela aconselhou-me a falar com o pastor para eu sair de obreira, para o meu bem, pois só estava a destruir a minha vida e cada dia que passava ela temia pela minha salvação….
E assim foi, depois de uma semana de muita luta fui falar com o pastor e o conselho dele foi o mesmo. Nesse dia saí de obreira e vou ser muito sincera, pensei em consertar-me e consertar a minha vida só nos primeiros minutos depois de falar com o pastor, porque no meu coração senti a liberdade de poder fazer o que eu quisesse, pois já não tinha “o peso de ser obreira” e, então, aconteceu a minha destruição.
Fiz de tudo um pouco, fumei, namorei, fui a discotecas, mentia, transformei-me numa pessoa rude, mal educada, rancorosa, queria curtir a vida ao máximo, bebi, tive relações sexuais e o que antes dizia para as minhas colegas que nunca iria fazer, pois assim aprendera em casa e na Igreja, quando me vi na situação não quis saber nem de Igreja nem educação, parecia que nunca tinha ouvido falar de Deus. Eu era uma vergonha, mas o mais incrível é que eu convidava as minhas colegas para irem à Igreja comigo, pois eu nunca deixei de ir, ou seja, eu tinha esta vida, mas sempre a frequentar a Igreja e ainda ficava chateada com as minhas colegas, quando elas não aceitavam ir.
Esta vida durou quase um ano e na mesma a tristeza continuava a tomar conta de mim. Antes, era porque eu queria conhecer o mundo e ser como eu dizia “uma mulher atraente, normal como as outras”, porque me achava “anormal”, diferente, e até perguntava a Deus nas minhas orações “porquê eu?! Com tanta gente no mundo, porquê o Senhor me escolheu?”. Achava injusto conhecer a Deus e ter que viver no meio de tantas regras, a minha tristeza passou a ser a razão de eu desperdiçar a minha vida, em vez de me agarrar aos braços de Deus.
Por fim, tanta coisa fiz e agora sou mãe, mas até na minha gravidez tive lutas interiores, guerras grandes, culpas infinitas, sentia dor, nojo de mim, daquilo em que me transformei. Punha as culpas em todos, principalmente nos meus pais por me terem deixado. Sentia acusações graves na minha cabeça, tanto que nem votos e nem orações me ajudavam, porque eu fazia tudo na força do meu braço, queria que as coisas acontecessem no meu tempo e não no tempo de Deus, por isso a ansiedade tomava conta de mim… queria morrer… até o dia em que resolvi mudar, pôr um ponto final na miséria de vida que eu levava desde que me conheço por gente e essa decisão mudou a minha vida, a revolta encheu-me de força e esperança.
Hoje perdoo, hoje sei ouvir e conheço a Deus. Ainda tenho muito para mudar, lutas para enfrentar… mas hoje luto com outras armas, que não são a força do meu braço!”

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